“Primeiro jogo da principal liga de futebol americano no país terá confronto entre as equipes Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, em setembro”

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A proximidade da realização do primeiro jogo da NFL no Brasil, entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, em setembro, está aquecendo a procura de empresas brasileiras pelo licenciamento da marca da principal liga de futebol americano do planeta.

A Destra, companhia sediada em Santa Catarina que atua no licenciamento e gestão de royalties de marcas, atuante principalmente no mercado de esportes, é quem, desde 2023, é a responsável pelo gerenciamento da marca da NFL em território brasileiro. Eles tem registrado um aumento na procura desde o anúncio do jogo.

“O anúncio do jogo proporcionou um aquecimento notável na procura de empresas brasileiras pela marca da NFL”, diz Bruno Koerich de Paula, fundador e diretor-presidente da Destra, ao Valor. Ele destaca que o apoio da liga às iniciativas de licenciamento são essenciais.

A companhia atua desde 2015 no mercado de licenciamento e vem dobrando de tamanho desde 2020, com a profissionalização do setor no Brasil e uma maior procura, tanto de times e ligas nacionais quanto internacionais, na exploração do mercado. “Ano passado foi o primeiro em nossa história em que geramos caixa”, comenta Koerich.

A projeção de crescimento das receitas da Destra neste ano é de 55%, na comparação com 2023, com o diretor-presidente vendo que a procura pelo licenciamento da marca NFL será um dos principais motores. “Vamos crescer mais de 50% no ano mesmo com uma base de comparação que fica cada vez mais alta.”

Segundo Koerich, no modelo de negócios da Destra, a companhia sempre ganha um percentual em cima do sucesso dos royalties, quando no segmento de licenciamento. Eles também oferecem uma plataforma de gerenciamento de royalties que gera faturamento considerável.

A primeira iniciativa oficial da NFL com uma empresa brasileira foi fechada no início do ano, com a Cacau Show. A fabricante de chocolates produziu um ovo de Páscoa personalizado com a marca da NFL. Números divulgados com exclusividade ao Valor mostram que mais de 20 mil unidades do produto foram vendidas.

“A NFL tem muito claro que o licenciamento de marca é engajamento com fã, é a porta de entrada com o país para então pensar em faturamento”, afirma o diretor-presidente da Destra. “Esses são só os primeiros passos, estão vendo o mercado brasileiro com muito potencial e já conversamos com outras cinco empresas para licenciamento.”

O grosso do faturamento da Destra hoje vem do licenciamento de marcas de futebol nacional e internacional. Koerich afirma que hoje o Brasil tem oportunidades de crescimento enormes, sendo um dos países que mais consomem produtos licenciados, e espera que a NFL ajude a mostrar o potencial desse mercado para outros clientes.